quinta-feira, 16 de junho de 2011

Hoje...







hoje
precisei das tuas mãos
no meu corpo,

da tua boca
na minha,
precisei
sentir-te em mim.

Hoje
precisei
de te ouvir,
de te escutar...

Precisei do carinho,
do aninhar cansado
do teu corpo no meu.

Hoje
precisei
que esta ausência
se fizesse presença
e que a distância
se fizesse perto.

Hoje precisei
de tudo isto...

Hoje,
só hoje,
queria
matar esta fome de ti,
esta sede da tua boca,
do teu corpo...

Hoje,
só hoje,
vou esperar-te
no sonho
e antecipar o nosso regresso...


Apenas algumas palavras... não sou poetisa ou escritora, sou mulher e amo e hoje a saudade bateu forte e as palavras quiseram sair e eu deixei-as sair e permiti-lhe que vivessem aqui, ao contrário do que é hábito. Hoje porque sim, porque por vezes a ausência de um dia dói mais que a ausência de uma vida... Hoje porque sem pretensões, sem métricas nem rimas deixei o verso livre levar as minhas palavras e aliviar a saudade...
Beijinho.